24 de setembro de 2022
Encontro Formativo Para Educadores
Nádia Caetano dos Santos, fma
A adolescência é um período repleto de mudanças significativas no corpo e na mente dos jovens. Todas essas novidades mexem com suas emoções e podem acabar interferindo em áreas importantes, como no desempenho escolar e na convivência social.
Nos últimos dois anos, grande parte dos adolescentes viveu este período de profundas transformações, imersos em um contexto instável, de reclusão, de medo e de incertezas provocado pela pandemia da Covid-19.
De acordo com o Conselho Nacional de Juventude – CONJUVE, Organização das Nações Unidas – ONU, Fundação Roberto Marinho, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco (2020); Dr. Jairo Bouer (2020); Núcleo Brasileiro de Estágios – NUBE (2020), a Pandemia de Covid-19 trouxe uma série de consequências psicossociais para a população, entre elas: depressão, desemprego, angústia, ansiedade e estresse, insônia, insegurança em relação ao futuro, diversos prejuízos na saúde física e mental.
Alguns pesquisadores consideram que a população mais afetada em termos de saúde mental na Pandemia é a de jovens entre 13 a 25 anos. O cérebro na adolescência é extremante sensível a experiência. 45,5% das ocorrências de autoagressão, automutilações e tentativas de suicídio ocorrem entre jovens entre 15 a 29 anos (Ministério da Saúde, 2019).
O longo período de isolamento e a falta de interação social deixaram marcas profundas nos jovens e se configuram em verdadeiros desafios a serem enfrentados por seus familiares e educadores, na retomada das atividades presenciais. Embora eles demonstrem entusiasmo na volta à “normalidade da vida”, fica evidente a necessidade de desenvolver neles habilidades socioemocionais.
Segundo especialistas algumas estratégias precisam ser realizadas para ajudá-los a lidar com os impactos da pandemia, a fim de que eles se aprimorem da autorregulação emocional, administrem seus impulsos e lidem melhor com suas emoções, a saber: relaxamento, identificação e regulação das emoções (como ansiedade, medo, tristeza, etc.).
Por isso, o atual contexto exige dos educadores a aquisição de habilidades que ajudem os jovens a transformar os excessos de preocupações que os assolam (depressão = excesso de passado; o estresse = excesso de presente e a ansiedade = excesso de futuro) em ocupações saudáveis que desenvolvam a capacidade de liderança sobre si e os outros e, os motivem a serem protagonistas da própria história.
Neste sentido, as Equipes de Coordenação Pedagógico-Pastoral das Escolas e Obras Sociais de Manaus promoveram um encontro para a formação dos educadores, com a Psicóloga Lídice da Matta que abordou o tema: Inteligência emocional no ambiente educativo: cuidando de si para cuidar do outro, visando os seguintes objetivos:
- Conscientizar os educadores sobre a importância do cultivo de si como premissa para alcançar êxito na missão de cuidar do outro, especialmente, dos seus educandos.
- Orientar sobre a melhor forma de atuar diante dos efeitos da pandemia no comportamento das crianças, adolescentes e jovens em nossas comunidades educativas.
- Propor práticas que os educadores possam fazer no cotidiano do espaço educativo para desenvolver a inteligência emocional dos adolescentes e jovens com os quais atuam.
- Desenvolver a autoconfiança e o otimismo realista, bem como a capacidade de resiliência pessoal para lidar com os desafios atuais e as mudanças que estão por vir, podem representar um grande reforço e repercutir positivamente no desenvolvimento e perspectivas dos jovens nesse momento histórico.
META: Educadores melhor orientados para atuarem diante dos efeitos da pandemia no comportamento das crianças, adolescentes e jovens em nossas comunidades educativas de Manaus.